Ora foi sem mais nem menos , que um dia cliquei no "bid now" do ebay e assim, feliz da vida, ganhei um leilão de uma motrizada Honda de 1978. Segundo o último dono a "pintura está em muito bom estado mas a motrizada não anda. Esteve guardada numa garagem durante alguns anos"
Pois bem, pensei eu, não há-de ser nada. Estas manitas de mecânico cá hão-de solucionar todo e qualquer tipo de problema que surja. Aliás, é uma Honda, não há-de ser nada de grave.
Creio que é sabido que sempre foi uma das minhas grandes vontades, sentir nos cabelos o vento nostálgico desses velhos tempos em que eu, com 2 anos pasmava a olhar pra qualquer tipo de veiculo de 2 rodas, fosse motorizada, pachancho ou cicleta. Ora não não tendo na altura as capacidades físicas, sociais e financeiras pra poder circular num veículo destes, vi-me forçado a guardar os ímpetos e a recalcá-los durante longos e dolorosos anos.
Quando o leilão terminou, eu dava pulos de alegria com a borrada que,embora inocentemente, tinha acabado de fazer.
De volta a oficina já com a motrizada na famosa Transit, começam as manobras de descoberta do porquê do motor não girar.
Ao tentar tirar as velas, uma saiu a muito custo, outra partiu com o esforço. Aqui começava o martírio. Pelo buraco da vela que retir«ámos, vimos que o interior estava total e absolutamente ferrugento. Passo seguinte....retirar o motor pra proceder a desmontagem e averiguar o quanto é que eu estaria fo...di...do.
E agora sim, começa a verdadeira aventura da RECONSTRUÇÂO DA CB500T de 1978!!
Pra finalizar gosto sempre de recordar uma resposta histórica a vossa pergunta: "Mas pra quê?"
It's been a while since I spent money I dont have in something I dont need.
Tradução: "Faz tempo que não gasto dinheiro que não tenho em algo que não preciso."
segunda-feira, 31 de maio de 2010
segunda-feira, 3 de maio de 2010
The route
This is the route we took on a one month very relaxed trip. Total cost of 1600€ for 2 people on one bike staying everywhere from resorts to campsites, eating from the best food to "dinner-in-a-can".
Green is the way down, red the way up.
domingo, 2 de maio de 2010
The end
E cá está o final da nossa viagem...
Depois de fazer toda a costa Marroquina desde Essaouira até Ceuta, atravessar o estreito de barco para Algeciras, fomos até Sevilha, Huelva, Vila Real de Sto António, Monte Gordo e uns dias em Alvalade do Sado.
Depois do calor do deserto, do frio das montanhas, das curvas do Atlas, dos policias corruptos,dos Marroquinos pedinchões, dos tagines , brochettes e outras especialidades gastronómicas,dos petit e grand-taxi medinas e souks,sol e sombra, areia e chuva, findam em Leiria os 6750kms feitos durante um mês de passeios. Kms estes feitos pela nossa belíssima motrizada sem qualquer tipo de intervenção mecânica aparte da mola do amortecedor que se desapertou devido a excesso de carga e maus tratos nas pistas de terra e calhau.
Vimos pobreza e riqueza, fome e fartura, o doce e o amargo.
Podia ter sido melhor, também podia ter sido pior. Estou muito feliz por em todo em percurso não terem havido quedas nem preocupações de maior, mas ao mesmo tempo soube a pouco, não duração da viagem, mas a intensidade da mesma. Creio que tenho que continuar a procura...
A próxima ainda não sei onde nem quando, mas não demorará muito tempo a definir.
Obrigado e até breve.
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